29 de setembro de 2011

INOVAÇÃO – NECESSIDADE DO MOMENTO PRESENTE

Tema a ser debatido em reunião no Centro do Conhecimento do CRA – SP, dia 04/10/2011 às 18:50, end: Rua Estados Unidos, 865/889.

Vivemos uma momento em que o desconhecido chega cada vez mais depressa. O desconhecido chega cada vez com mais impacto. Estamos no limiar de uma grande pressão econômica por conta da necessidade de entrarmos na economia de sobrevivência, economia do baixo carbono, da baixa energia. Isso custa caro. Ao mesmo tempo, turbulências sociais, crises financeiras contaminam a economia mundial como um todo. Como transitar por esse caminho?

Escrevemos recentemente sobre o que é nos prepararmos para os momentos de crise pelos quais estamos passando. Está no nosso blog anterior. Ao mesmo tempo, precisamos considerar as grandes inovações que os momentos de turbulência vão propiciar.

Temos pela frente dois grandes discursos. Os fundamentos dos processos que levam à inovação. Muito foi escrito. Pouco aconteceu. Temos também os fundamentos daqueles que já produzem inovação de uma forma quase natural e corriqueira.

Vamos aos casos dos que produzem inovação de forma eficaz. Quando trabalhei com uma empresa de Grenoble, foram cinco anos de convivência, me dei conta do enorme número de patentes no nome deles. Investigando as razões, verificamos questões muito simples como razão de sucesso. A busca sistêmica da pequena inovação nos prepara para as grandes inovações. O aprofundamento nas necessidades do cliente nos ensina a buscar os fatores precursores da inovação. O início do trabalho de inovação, partindo desde o início do argumento de venda que vai colocar o produto ou serviço no mercado, é outro passo importante. O domínio do ciclo econômico da inovação gera sempre melhor suporte econômico para projetos nessa área.

Olhando para a história da inovação de outras empresas, notamos também com eles, que a busca da pequena inovação com ciclo econômico rápido é fator de sucesso. Rhone Poulanc, Dupont, Syngenta, 3M, CPqD e tantos outros. A partir da pequena inovação, pouco a pouco todos se transformam e demonstram que inovação começa com cultura e quando a estrada passa por essa fundamentação, os resultados são extremamente felizes.

Voltando ao caso de Grenoble, verificamos que os fundamentos do livro de Charles Darwin, a Origem das Espécies, estavam lá. O que a natureza mais fez ao longo da história foi o processo evolucionista, que no fundo é um grande processo de adaptação e inovação.

O que caracteriza o processo evolucionista? Todos os seres vivos, animais e vegetais, dispõem de antenas externas pelas quais coletam informações do meio ambiente. Todos os seres vivos tem uma central de inteligência em que as informações do meio ambiente chegam e de forma ordenada provocam movimentos que afetam a estrutura do DNA, promovendo transformações no ser vivo.

Em Grenoble acontecia a mesma coisa. As equipes de campo, muito conscientes do que estavam fazendo, agindo como antenas externas, estavam sempre captando necessidades dos clientes e do mercado. Uma central de inteligência, captava o que as antenas externas enviavam e as catalogava, classificava e dali saíam os esforços que geraram tantas patentes.

Verificamos então que todo processo de inovação começa com informação. Em particular, informação não desperdiçada, valorizada.

Quando esse tipo de cultura está presente na empresa, percebemos que pouco a pouco, o valor da inovação vai crescendo, a empresa cada vez mais capta mais informações sobre o que acontece no cenário e o processo da produção da inovação acontece.

Assim fica mais fácil ganhar dinheiro com inovação. Experimentem.


Luiz Bersou

2 comentários:

disse...

Olá Bersou!

A necessidade de capacidade de resposta à inovação e ao volume colossal de mudanças e da agilidade crescente do "desconhecido" é um tema interessantíssimo.

Veja o conceito da Singularidade de Raymond Kurtzweil (apesar de muitos o chamarem de maluco)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Singularidade_tecnol%C3%B3gica

Tb existe um filme interessante sobre essa teoria e sobre o próprio Ray: TRANSCEDENT MAN

disse...

Olá Bersou!

O tema da resposta à velocidade da inovação, sua auto-reciclagem como forma de sobrevivência, o volume colossal do "desconhecido", são temas interessantíssimos.

Não posso deixar de atribuir esse comportamento ao mundo cada vez mais "tecnologicado". Um grande motor dessa característica crescente é a entrada da tecnologia. Não latu-sensu mas sim a de tecnologia da informação em específico.

Esse tema também vem sendo discutido pela teoria da singularidade de Raymond Krustweil.
Alguns o chamam de maluco excêntrico. Outros, como o Bill Gates, o entitulam como uma das poucas pessoas capazes de realmente fazer previsões.

Recomendo o filme TRANSCEDENT MAN que é um documentário sobre ele e sobre a sua teoria.

Um forte Abraço !!!