8 de junho de 2011

GOVERNANÇA CORPORATIVA E PRODUÇÃO DA TERRA – CENÁRIOS EM TRANSFORMAÇÃO

I. CENÁRIOS E EVOLUÇÕES EM CURSO

É ponto pacífico que o Brasil e em particular todos aqueles que estão envolvidos com a produção da terra tem pela frente grandes desafios, mas ao mesmo tempo, grandes oportunidades.

A atenção do mundo está voltada um conjunto de temas de grande interesse, de novos interesses. Entre eles, (1) Educação, (2) Inovação Sistêmica, (3) Saúde, (4) Energia (5) Produção de Alimentos daTerra, (6)Sustentabilidade.



POSICIONAMENTO BRASILEIRO NOS MERCADOS DE EXPORTAÇÃO DE ALIMENTOSOS
A balança do setor já é bem interessante. Novas evoluções vão acontecer. Cerca de 60% a 70% das produção da terra será exportada.O Brasil será o grande vendedor do “Deus Sol” e da “Deusa Água”.

Ao mesmo tempo tempos problemas. Oferta brasileira para exportação sempre passando no limite das normas técnicas. Insegurança e instabilidade para fornecedor e comprador.

Como resposta temos desafios: adotar que rastreabilidade será fator de valorização da oferta, agregação de valor à produção da terra como necessidade fundamental e por último, um tema pouco dominado pelos brasileiros, mas que os fundamentos de Governança Corporativa podem ajudar a coloca-lo no devido lugar, que é dominar o ciclo econômico com o viés da busca da estruturação de capital. Vender quando for interessante.


EVOLUÇÃO EM TECNOLOGIA

Como já é tema de referencia, a produção da terra terá mais tecnologia do que a produção industrial. Promessas de se chegar ao patamar de 95% de tecnologia e 5% de trabalho. Qual seria o patamar da produção brasileira - 5% de tecnologia e 95% de trabalho???

Nesse entorno tecnológico fatos marcantes como o aumento do percentual de CO2 na atmosfera que levará à prevalência das florestas de leguminosas em detrimento das florestas de lignina. Fenômeno já visível na Mata Atlântica. Diminuição da taxa de conversão CO2 para O2. Uma evolução possível como resposta, um futuro entrosamento natural da meteorologia, controle ambiental e controle das águas evoluindo para se transformar em uma só ciência e referência de normatização e controle. Ampliação dos recursos e das redes de antenas de monitoramento.

AGREGAÇÃO DE VALOR
Uma longa história que registra séculos de observação nos diz ao ouvido que “pobre é pobre por que não sabe vender”. Nesse “não saber vender” está claramente incluída a nossa pequena capacidade de agregar valor. Temos receitas importantes com as exportações mas quanto estamos ganhando realmente?

Temos sim um longo caminho a percorrer na rota da agregação de valor. Sabemos muito bem que países de 3o mundo precisam dos processos industriais.Não podemos cair na armadilha da desindustrialização como está acontecendo agora por conta do pensamento míope dos governantes. Progressos na transformação industrial da produção da terra, processos comerciais, entrepostos logísticos e embalagens fazem parte do esforço da agregação de valor.

INFRAESTRUTURA
Dimensão dos eventos e da demanda de exportação obriga a novos critérios de governança. Longo caminho a percorrer em se adotando a referência americana. Produção de 650 milhões de toneladas e 65% da produção estocada e tratada na propriedade agrícola. No caso brasileiro, 5% da produção é estocada na propriedade agrícola.

Ainda no campo da produção da terra, nos defrontamos com a obrigatoriedade do transporte ferroviário e fluvial como intermodais do transporte marítimo.A produção da terra terá que cumprir o papel de vai ser o aval e a garantia para os financiamentos em infraestrutura.

OS PLAYERS
A produção industrial brasileira se formou com base no capital multinacional. Pelo que está acontecendo nesse momento, na produção da terracaso Brasil, também vai prevalecer o capital multinacional. Em particular, o capital multinacional vai prevalecer na produção da terra e em toda a cadeia de abastecimento de insumos, tecnologias e equipamentos fixos e móveis. Como ficam os brasileiros?

II. AS RESPOSTAS QUE SE FAZEM NECESSÁRIAS
GOVERNANÇA CORPORATIVA NA AGRICULTURA
Evolução natural, governança nas empresas, governança na saúde e agora, muito importante,Governança na Agricultura. Para um setor tão carente de capitais, demanda tão grande de recursos de infraestrutura, rota para a abertura de capital em Bolsa.

Fundamentos de governança na agricultura para efeito de posicionamento em Bolsa: processos definidos com mecanismos de rastreabilidade, atendimento com folga das normas internacionais, domínio do capital, domínio e uso inteligente do sol e da água, incremento de tecnologia a cada ano.

CONCENTRAÇÃO DA PRODUÇÃO NOS ENTORNOS DOS EIXOS LOGÍTICOS
Questão de resposta rápida às demandas de infra estrutura. Ganhos complementares por fomento à concentração de tecnologia, fomento à concentração de oferta de processos industriais, fomento à modernização dos eixos logísticos.

OFERTAS DE TECNOLOGIA
Governança na convergência multidisciplinar de tecnologia e equipamentos para o atendimento de cada individualidade.Necessidade do entendimento pleno das demandas reais de cada polo produtivo.

Governança para novos patamares de tecnologia como um todo, toda uma nova plataforma cultural e tecnológica, como é o caso de Israel como exemplo.

O BALANÇO OFERTA & DEMANDA – O TRIPÉ DE KETAN – OBJETIVOS – PRINCÍPIOS - PODER
Governança para sustentar a visão de produtividade de capital e do fundamento da velocidade dos processos produtivos principalmente nas atividades sazonais. O equacionamento correto das estruturas de capital nos ciclos de dinâmicas sazonais. Engenharia de produtos evoluindo dos conceitos de custo mínimo para conceitos de velocidade máxima nos processos produtivos.

Governança para a questão fundamental, a intimidade com o futuro como fator de criação de riqueza no presente.

Luiz Bersou