15 de dezembro de 2010

A Criança, o Natal e a construção do futuro

Prezados,

A Criança, o Natal e a construção do futuro

Natal.
Um pinheirinho. Uma velinha. Está acesa. Logo, mais velinhas estão acesas. O pinheirinho se ilumina. As velas tremulam e desta forma o pinheirinho parece que tremula também. A sala toda resplandece com a luz suave das velinhas. Ela fica aconchegante, convidativa, acariciante.

As pessoas começam a chegar e se abraçam, cumprimentam. Estão vivendo um dia diferente. Dão risadas, estão alegres, festejam. Amor e carinho estão presentes.

Criança
A criança assiste do lado de fora a cena do encontro do Natal. Volta para casa. Um lugar escuro. Chega e acaricia uma plantinha. Não tem velinha. Nada está aceso para festejar. Não há sala para resplandecer com a luz suave das velinhas. Nada é aconchegante, convidativo, acariciante.

A criança olha em volta. Todos se olham indiferentes, resignados, pois aquele é apenas mais um dia. Nada é diferente. A criança murmura: por que não tem pinheirinho com velinha? Ninguém responde, pois não há o que responder.

Uma lágrima escorre no rosto da criança. A lágrima brilha.

A construção do Futuro
Um passante passa e percebe aquele brilho. Mais lagrimas escorrem. Ele se aproxima e ajoelha. Abraça a criança. Acaricia seu rosto, enxuga as lágrimas, passa a mão nos cabelos. Então tudo fica diferente. As pessoas sorriem. Elas se aproximam e se abraçam. As lágrimas brilhantes foram trocadas por carinho, uma palavra, um afagar do coração.

O passante se levanta. Não fez nada e ao mesmo tempo fez tudo. Um lugar escuro e triste se iluminou. O passante segue o seu caminho. Ele está leve. Milagrosamente o brilho das lágrimas ilumina o seu caminho. Ilumina também o cominho de todos aqueles que ele ajudou.

Por causa daquele gesto, para muitas outras crianças, o brilho da lágrima foi substituído pelo brilho do olhar, da esperança e da confiança.

Que neste ano de 2011 a experiência do passante seja vivida por todos nós a cada dia.

Um abraço,

Luiz Bersou

16 de novembro de 2010

ESTRUTURAÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO E O LIVRO “MANUAL DA EMPRESA RICA"


A estruturação do pensamento estratégico gera resultados positivos quando elaborada em empresas que apresentam sincronia de recursos e ação, consistência operacional e demonstram ter resposta ao comando. O comando existe.

Quando estes fundamentos não estão vivos e atuantes na vida da empresa, acontece sempre o desperdício do esforço aplicado no pensamento estratégico. Nossa observação sobre centenas de casos mostra que esse desperdício chega a níveis elevados demais. O que acontece em geral é a prática da “Gestão por Torcida” e desta forma é a sorte que define o destino de nossas empresas.





Feita a primeira lição de casa, iniciamos agora os preparativos para o lançamento do livro “ESTRUTURAÇÃO DO PENSAMENTO ESTRATÉGICO”.

O tema central do livro é a busca pensamento estratégico apoiado na condição de resposta da empresa. O gráfico mostra um quadro muito sugestivo. São muito poucas as empresas que não perdem tempo com pensamentos mal estruturados e tortuosos. Apenas 5%da amostra analisada
.













A tese que desenvolvemos passa pelo fato de que somente estruturação adequada, muito preparo e disciplina gera pensamentos de qualidade e execução de igual qualidade. O tema é por demais importante. Todos sabem que é fator de construção do futuro da empresa. Esse futuro pode ter qualidade ou não ter qualidade nenhuma. Podemos ganhar tempo e qualidade de vida ou podemos perder tempo como infelizmente acontece com tanta freqüência. A energia para conseguir o resultado positivo ou negativo geralmente é a mesma.

Pensamento estratégico de qualidade é estruturado. Sendo elaborado de acordo com seqüências críticas, requer prática muito rigorosa. Requer recursos humanos altamente preparados para função tão nobre que é a de decidir os destinos de uma empresa e de todos que nela trabalham.

A estruturação de partida é o equilíbrio entre os diversos jogos que a empresa pratica. O desdobramento destes jogos estrutura o pensamento estratégico e o torna absolutamente eficaz
.















Por outro lado, com a velocidade dos acontecimentos, a elaboração antigo “Planejamento Estratégico” em cadencia anual não faz mais sentido. Viver o estado de vigília estratégica passa a ser a prática necessária. O fato notável é que a vivencia organizada desta vigília estratégica melhora muito a qualidade e objetividade dos nossos pensamentos.

Pensamento estratégico germina na harmonia do pensamento filosófico. Todos os grandes pensamentos estratégico são no fundo expressões de enunciados filosóficos. Para a partida desse enunciado encontramos a figura do “Ser Livre Pensante”. Quem é o Ser Livre Pensante? Aprendemos que ele é fator de qualidade de elaboração do pensamento estratégico por não estar submetido a todas as tutelas que os interesses de sociedade colocam em cada um de nós.

O grande mérito do “Ser Livre Pensante” é o de, por não estar submetido a tutelas de todo tipo, ver com muito mais clareza os sinais ainda fracos dos fenômenos que estão por acontecer e que virão sobre nós de forma muitas vezes atordoante. Como construir esse colaborador precioso? Este será um dos grandes desafios de todos nós.

Saudações

Luiz Bersou

8 de novembro de 2010

Manual da Empresa Rica

Prezados amigos,

MANUAL DA EMPRESA RICA – DOMÍNIO DOS RECURSOS REALMENTE DISPONÍVEIS - CRESCIMENTO SUSTENTADO E CONSISTENTE


Faz parte de nossa história a frequência com que constatamos crescimentos erráticos. Fases de euforia e fases de frustração e desespero. Isso acontece com nossas empresas o tempo todo e se reflete para o bem e para o mal na nossa sociedade.

Apesar das crises anunciadas e concorrências externas altamente competitivas, estamos vivendo momentos de renovação da esperança do crescimento. Precisamos de crescimento auto-sustentado e consistente. Crescimento para gerar flores e não espinhos. Crescer por nós mesmos, sem depender dos outros. Dependência mínima e consistente das fontes tradicionais de recursos financeiros.

Diante desse cenário temos o prazer de anunciar o lançamento do livro – Manual da Empresa Rica.

O foco deste livro está no domínio efetivo do melhor uso dos recursos realmente disponíveis. Efetivo domínio da nossa empresa, em um momento em que tudo acontece mais depressa, em que o nosso relacionamento simples com o mercado de antes, nos leva hoje ao enfrentamento de tantas complexidades, pede e são necessários novos conceitos de gestão e modelos de análise. Entra em cena a frase “Sincronia de Recursos”. Planejamento mais simples e mais eficaz.

Esses modelos começaram a ser desenhados em 1979 e vieram se desenvolvendo até hoje. Foram testados em dezenas de empresas e diferentes tipos de negócios.

Fica o registro no universo dessas empresas que existem alternativas de administração para compensar a fragilidade da oferta de recursos para manter o ritmo de funcionamento e sustentar de forma consistente e dominada o crescimento. Dominar o crescimento, sem depender dos outros!

Trata-se de um “Ovo de Colombo” que sempre funcionou. É um livro moderno com propostas inovadoras para o enfrentamento do desafio do crescimento nos mares revoltos que estão por aí

O lançamento vai ser no dia 11/11/2010, quinta feira, 19 horas, na sede da Editora e Trevisan, www.trevisaneditora.com.br.
Local: Rua Bela Cintra, 934, São Paulo. Diversos estacionamentos no entorno.

O livro estará disponível, entre outras, na seguinte relação de livrarias e sites:
Trevisan
Cultura
Saraiva
Submarino.com
Americanas.com
Extra.com
Cia dos Livros
Livraria Aduaneiras

Saudações a todos,

Luiz Bersou

3 de novembro de 2010

Manual da Empresa Rica

Prezados amigos,

MANUAL DA EMPRESA RICA
Temos o prazer de anunciar o lançamento do livro – Manual da Empresa Rica. Ele é produto de esforços de análise, teorização e experimentação que começaram em 1979 e se consolidaram como proposta já em 1982. O esforço de contínuo aperfeiçoamento das propostas contidas no livro nunca esmoreceu. Produto de uma constante busca de aperfeiçoamentos e inovações.

Este trabalho, conta história da construção de uma tese. Da percepção brutal do que é um País sem recursos, que está no jogo do capitalismo mas não tem capital, o entendimento de que há alternativas de gestão para os que convivem com recursos escassos e caros.

No universo das empresas, mostra que existem alternativas de administração para compensar a crônica falta de recursos necessária para manter o ritmo de funcionamento e sustentar de forma consistente e dominada o crescimento.

O modelo de administração proposto foi testado em dezenas de empresas. O caminho para o êxito na construção de resultados passa por novos conceitos e padrões e planejamento e a importante capacidade de medir sincronia no uso dos recursos escassos. Ovo de Colombo. Sempre funcionou. É um livro moderno com propostas inovadoras.

O lançamento vai ser no dia 11/11/2010, quinta feira, 19 horas, na sede da Editora Trevisan, www.trevisaneditora.com.br.
Local: Rua Bela Cintra, 934, São Paulo.

O livro estará disponível, entre outras, na seguinte relação de livrarias e sites:
Trevisan
Cultura
Saraiva
Submarino
Americanas.com
Extra.com
Cia dos Livros

Saudações a todos,

Luiz Bersou

30 de setembro de 2010

A filosofia do livro “Manual da Empresa Rica”


Vamos ter nas livrarias a partir da 2ª quinzena de outubro o livro Manual da Empresa Rica. É interessante mostrar a todos os amigos e publico em geral os fundamentos que nos levaram a editar esse livro.

REGISTRO HISTÓRICO
A história da civilização sempre registrou a capacidade de empreendimento do humano. Canais para irrigação, estradas, palácios de todos os tipos e tamanho, os grandes templos dedicados à oração, os arsenais militares e navios, cujos registros chegaram até nós, são fortes testemunhas.

A história registra também a dualidade “Poder & Capital”. Capital é entidade significativa nas estruturas de poder. Poder precisa sempre de capital para ser exercido em toda a sua plenitude.

O exercício de nossa condição econômica tem nas suas origens a herança da Revolução Industrial na Inglaterra. Por várias razões que estão na história, havia capital e havia investidores em todo o processo de criação de riqueza que caracterizou o início desta revolução.

O MODELO QUE FUNCIONA NA CONDIÇÃO DE DISPONIBILIDADE DE CAPITAL
Deste processo vieram evoluções significativas na conceituação de como administrar empresas e estruturar o seu crescimento. Esta evolução nos países do primeiro mundo sempre teve uma parceria importante que foi a ampla disponibilidade de recursos a custo muito baixo para se manter o ritmo de atividades na empresa.

Criou-se então um modelo de gestão que tem dentro dele uma dualidade. Há um pressuposto de disponibilidade de recursos para que ele seja bem utilizado.




REGISTRO HISTÓRICO NO CASO BRASIL
Segundo os registros da história brasileira, tivemos várias etapas de evolução em diversos tipos de produção, agrícola, extrativa, pecuária, industrial e comercial. A história registra também a evolução titubeante de todos esses processos produtivos.

Analisando o que aconteceu com um número significativo de empresas brasileiras, percebemos que na tentativa de sustentar o crescimento estas empresas viveram e vivem a seguinte situação:



O PROBLEMA É MODELO DE GESTÃO OU RECURSOS INSUFICIENTES?
A pergunta pode parecer tola. A análise de situações em centenas de empresas por dezenas de anos, nos leva à percepção de que comandar uma empresa com recursos insuficientes pede soluções outras em alternativa às tradicionais que são ensinadas nas escolas e que são adotadas por todos nós como padrão de gestão.

Que quer dizer isso? Falta de recursos é problema, mas modelos inadequados para a gestão com restrição de recursos também é problema. Podemos dizer com muita força que o maior problema não é a insuficiência de recursos. O problema maior é não dispor de ferramentas adequadas (que existem) para lidar com esta situação.

Se existem problemas nos modelos de gestão, vamos então a eles e criemos alternativas para que a convivência com recursos escassos não impeça que nossas empresas possam crescer de forma consistente e segura.

O livro Manual da Empresa Rica trata exatamente disso: crescimento dominado, crescimento consistente, crescimento compatível com os recursos disponíveis, máximo aproveitamento desses recursos. O tema de fundo, máximo aproveitamento dos recursos disponíveis, passa pela velocidade com que nossos empresários juntam custos variáveis e preço aos seus produtos, temperados com os recursos disponíveis para manter o ritmo e desta forma constroem a margem de lucro a cada instante. Esta velocidade que dizer novos conceitos em planejamento e sincronia entre planejamentos.

Luiz Bersou

27 de setembro de 2010

Manual da Empresa Rica

Busca da perpetuidade de nossas empresas, sustentabilidade, inovação sistêmica, ética, educação e felicidade são parte integrante do sistema econômico em que estamos envolvidos. A base de tudo isso, como sempre, é a capacidade de realização.

Capacidade de realização começa com o domínio dos conhecimentos e a capacidade de organizar e sistematizar esse conhecimento de forma a produzir resultados no prazo desejado. Não é suficiente, pois capacidade de realização passa também pelos rituais de estruturação de poder para os fins desejados.

Entre os temas de estruturação de poder para fins desejados, passamos sempre pela capacidade de construir e utilizar corretamente o capital necessário para a sustentação do ritmo dos negócios e seu crescimento.

Quando observamos sucesso na construção de resultados percebemos sempre a existência de leis que garantem esse sucesso. Equilíbrio entre a condução estratégica e a condução operacional, congruência entre os objetivos da sociedade, dos clientes, da empresa e domínio pleno da máquina operacional que colhe os resultados decorrentes do que foi plantado pelo Jogo Estratégico da empresa.

O livro Manual da Empresa Rica foi escrito a partir do raciocínio de que no universo capitalista, recursos são parte das estruturas de poder. Pretensões de crescimento, inovação, diversificação, conquista de novos mercados precisam de máquinas que efetivamente tenham grande eficácia na produção da riqueza.

Máquinas que produzem riqueza de forma eficaz são sempre muito bem vindas quando levam benefícios para a sociedade. Aliados potenciais estão sempre dispostos a convergir interesses. Podem também ser muito temidas pelos concorrentes que são menos competitivos.

Como fazer para construir máquinas que sejam eficazes produtoras de riqueza? Percebemos que a receita de sucesso passam sempre pela convivência e sincronia de quatro motores que são métodos que produzem esse resultado.

Motor do Capital (1), que cuida da produtividade da utilização dos recursos da empresa. Trabalha com a questão da velocidade com que a empresa junta custo variável, preço e capital de giro dos variáveis e transforma estas três entidades em margem de lucro a cada instante. Adiciona planejamento nas tarefas criticas que sustentam o operacional das empresa e sincroniza os planejamento que utilizam os recursos das empresas. Em particular adiciona o planejamento sistêmico do fluxo de caixa.

Motor Comercial (2), que cuida da estruturação e manutenção dos objetivos e do ritmo da ação comercial, garantindo dessa forma melhor sincronia entre os recursos que a empresa utiliza, buscando sempre o lucro esperado em cada cliente.

Motor do Humano (3), que busca o posicionamento de cada colaborador em relação a cada objetivo da empresa, sincroniza as equipes e cria as condições de proatividade e ação convergente em relação aos objetivos maiores da organização.

Motor da Curva de Experiência (4), que parte do fundamento de que a geração de riqueza na empresa se dá somente no mundo dos variáveis. A nossa administração procurou por muito tempo construir resultados diminuindo custos fixos. Essa solução já se esgotou. Estamos agora no momento em que modelos muito mais inteligentes de gestão dos custos variáveis e capital correspondente, passam a fazer parte dos arsenais metodológicos das empresas.

A utilização conjunta e sincronizada dessas metodologias produzem resultados superiores, aceleram os ciclos dos negócios, criam ritmo e consistência operacional. Nessas condições as empresas ganham condições muito superiores para o enfrentamento dos desafios decorrentes do Jogo Estratégico que decida praticar.

O livro Manual da Empresa Rica rompe um padrão de análise. O autor postula que a visão de produtividade do capital empregado nas operações é mais importante e gera mais resultados do que a visão de produtividade dos processos. No Brasil as empresas precisam conviver com as duas análises e visões. Passa também pelo raciocínio pelo qual o planejamento sistêmico do fluxo de caixa é perfeitamente exequível em todas as situações e que os fundamentos da Fluidez Financeira são sempre mais importantes do que os fundamentos do EBITDA, para efeito de análise de desempenho das empresas.

Manual da Empresa Rica tem como autor Luiz Bersou com a participação de diversos colaboradores. A edição é da Editora Universitária Trevisan.

Luiz Bersou

31 de agosto de 2010

Suportes para processos de tomada de decisão – DSS – Decision Support Systems

DSS – Decision Support Systems
Questão bem antiga. Muitos recursos aplicados na busca de soluções consistentes para apoio aos nossos processos de tomada de decisão. Resultados não bons. O que existe de novo nesse campo de pensamento? Tradicionalmente fazíamos gestão de empresas com base em análises de centros de custos e relatórios. Não é mais suficiente. Que tipo de evolução está ocorrendo?

A lógica do cisne negro – Nassim Nicholas Taleb
Temas profundos. O desconhecido chega cada vez mais depressa. O que não sabemos fica a cada dia mais importante. A importância do improvável. Como lidar com isso? Como tomar decisões nessas circunstâncias?

Entidades complexas de 1º grau
No passado nossa relação com um cliente era de compra e venda de poucos produtos, bem definidos e sua expressão era muito simples. Hoje em dia, temos contratos, cláusulas que alteram os valores envolvidos, multiplicidade de itens de entrega, valores diferentes, margens diferentes, condições de entrega e financiamento diferentes.

Qualquer cliente requer hoje em dia mapas de análise com pelo menos nove variáveis diferentes para ser bem interpretado. Cada informação de fonte diferente de informação. Os clientes de muitas empresas se transformaram então em entidades complexas. Como hoje em dia, dominar a margem de resultados no cliente é fundamental e o conceito de margem de resultado no cliente ficou mais importante do que a margem de resultado no produto, mais entidade complexa então na questão cliente.

Como colocar todas essas informações de naturezas e origens diferentes em um lugar só para que se possa ter completa visão do todo e dessa forma a melhor análise possível?

O mesmo acontece com os nossos produtos, de entidades simples, se transformaram em entidades complexas. Qualquer produto precisa também hoje em dia de pelo menos nove variáveis de análise diferentes para ser bem interpretado. Cada informação de fonte de informação diferente.

Clientes, produtos, o montante de recursos que está sendo utilizado para manter o ritmo dos negócios, o que se passa nos territórios de venda, o que se passa em diferentes locais de produção no caso de indústria e comércio, são entidades complexas, conhecidas, próximas do ponto de análise.

Entidades complexas – Conjuntos complexos
Quando a entidade complexa está interpretada e as informações a serem captadas estão definidas, dizemos que temos então uma entidade estável que é o Conjunto Complexo.

Decision Support System - DSS1 – Entidades complexas de 1º grau
Quando os cenários estão estáveis, calmos, dizemos que temos o Decision Support System – DSS1, que relacionas entidades complexas próximas e conhecidas com a empresa em cenários relativamente estáveis.

O tratamento sistêmico que damos às informações que envolvem as diversas entidades complexas  conjuntos complexos pode ser expresso pelo seguinte gráfico:











Temos então uma realidade que se apresenta por meio de “Modelos de Análise (1)” que aplicamos às entidades complexas com as quais vivemos e “Modelos de Análise (2)” que fazem parte dos sistemas de TI como o “EBMS – DSSi”. Os dois modelos de análise conversam entre si. Um está na realidade da vida e o outro faz parte dos sistemas de TI que processam a informação.




Decision Support Systems – DSS2, DSS3, DSS4 e outros. Entidades Complexas de 2º, 3º, 4º graus...
Quando temos outros tipos de entidades complexas, como cenários turbulentos, concorrências predatórias, desequilíbrio competitivo, posicionamento em mercados externos, variáveis administrativas, intervenções de governo e entidades complexas fantasmas, o sistemas de análise se amplia. Temos então entidades complexas mais distantes do ponto de análise, que requerem mais atenção e qualidade dos modelos de análises. Passamos então a contar com o seguinte quadro de recursos:









O que vemos aqui e a grande vantagem dos modelos de análise progressivos. Modelos de Análise aplicados às entidades complexas – conjuntos complexos, que conversam com os modelos de análise que são internos do Sistema EBMS – DSSi.

Os desdobramentos são inúmeros. Empresa, mercado, inovação, governos, para todos eles a análises e os processos de tomada de decisão ficam mais consistentes. Funciona.

EBMS – DSSi
Trata-se da nova categoria de sistemas de análise inteligente ou BI (Business Intelligence) como o mercado convencionou chamar. Trabalha sempre com diversos modelos de análise. Nos casos mais simples, DSS1, com pelo menos dois modelos de análise, um desenvolvido para interpretar cada conjunto de Entidades Complexas e outro para servir de base para alimentação do sistema de informação.

Os diversos modelos de análise aplicados às entidades complexas e o sistema interno da ferramenta TI – no caso EBMS, conversam naturalmente entre si. Trata-se de inovação muito importante para todos aqueles que se dedicam a trabalhar processos de informação e análise para tomada de decisões.

Luiz Bersou

18 de agosto de 2010

EBMS - DSS DECISION SUPPORT SYSTEMS E AS RAZÕES DA RIQUEZA NAS EMPRESAS


1ª PARTE - DECISION SUPPORT SYSTEMS
INTRODUÇÃO
São muitos anos que o tema de suporte às decisões busca caminhos e soluções. Os resultados continuamsendo pobres. Somos um grupo que tem tido sucesso nesse caminho e nesta busca de soluções. Há ainda um bom caminho a percorrer, mas os resultados estão chegando e a curva de experiência está se formando.

Este texto serve então para contar os fundamentos que têm sido seguidos. Queremos aqui estabelecer os fundamentos do que dá certo em contraposição ao tradicional esforço do que não dá certo.

O QUE BUSCAM AS EMPRESAS?
Para facilitar a nossa abordagem inicial, vamos limitar por enquanto os objetivos a somente dois temas: as empresas buscam capitalização e qualidade na perpetuidade.

PERPETUIDADE E QUALIDADE
Em seu livro “COLAPSO”, Jared Diamond nos conta como as sociedades escolhem o fracasso ou o sucesso.Ao apontar esse fenômeno, ele nos diz também: a perpetuidade das sociedades não é dada de graça. Ela precisa ser conquistada.

No exame dos elementos históricos das sociedades analisadas, encontramos então um grande número de fenômenos que caracterizam o que chamamos de “Entidades Complexas”, conjuntos de fenômenos que têm vida própria e geram conseqüências e “Conjuntos Complexos” que são as suas decorrências.

Percebemos então que a separação entre o caminho do sucesso ou o caminho do fracasso sempre passou pela habilidade, natural ou não, intuitiva ou não, sorte ou azar, em saber captar a existência das “Entidades Complexas”, e em seguida entender as forças que estão vivas dentro delas e lidar com elas.

CAPACITAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DA SOCIEDADE
A formação da Comunidade Econômica Européia foi um esforço extraordinário no sentido de se conseguir novos destinos para os povos envolvidos. Embora esse esforço tenha começado com a comunidade do aço,na Inglaterra, foi um caminhar onde os latinos, que acreditaram mais, precisavam mais, lutaram mais.

Vamos então recordar a fala de Manoel de Forn y Foxà, um dos grandes espanhóis que participaram desta luta e grande companheiro: o papel dos governantes é ter mais velocidade do que as sociedades.
Eles precisam caminhar na frente para abrir os caminhos que a sociedade vai percorrer depois. Para abrir esses caminhos é preciso que eles tenham conteúdo, a forma atual das manifestações das lideranças.






ENTIDADES COMPLEXAS E O SEU ENTENDIMENTO – O SER LIVRE PENSANTE
Buscando elementos de análise em relação às Entidades Complexas, temos que considerar:
1) Os fatos existem. Apenas não sabemos o que eles são e onde estão.
2) O peso do fenômeno e a observação realista nos permitem então mecanismos de encontro do conhecimento.
3) Se o fenômeno uma vez observado já tem massa critica, já tem história. Já tem vida própria. Já estamos chegando atrasados.
4) Detectar os precursores dos fenômenos passa então a ser fundamental.
5) Entramos então na fase de incorporar o conhecimento.
6) Evoluímos para a fase de retenção do conhecimento.
7) Chegamos então á fase da re-significação do conhecimento.
8) Esta última fase permite a ação.

O que observamos sempre? Para que se possa ler e entender as “Entidades Complexas” e agir em função delas, precisamos estar preparados para isso. A formação dos nossos líderes e executivos raramente leva a este preparo.

Os condicionantes que a sociedade nos impõe, desde o nascimento quando nossos pais nos dão um nome,a passagem pela igreja onde somos batizados, pela escola onde todos dizem “é assim”, obedeça, passamos pelas universidades, associações de classe e sindicatos, onde todos também dizem, “assim é melhor”, cria populações de lideres decorrentes deste caminho.

Esses líderes, por estarem imersos na sociedade, obedecem às leis da sociedade, vêem o que a sociedade quer que se veja e assim somente somos capazes de ver fenômenos quando eles já têm vida própria e o que resta é correr atrás.








ENTIDADES COMPLEXAS E INOVAÇÃO
Hoje em dia está muito claro que um dos fatores determinantes da inovação sistêmica nas empresas está no entendimento profundo das “Entidades Complexas”. As “Entidades Complexas” surgem sempre de novas necessidades ou do erro.

OS CISNES NEGROS
Nesta obra tão importante, Nassim Taleb nos mostra que as “Entidades Complexas” ficam a cada dia mais complexas ainda. A velocidade com que o desconhecido acontece, a importância potencial do seu impacto,nos induz então à busca de novas metodologias de observação das “Entidades Complexas”.

Tanto no âmbito da sociedade como no âmbito da empresa, nos damos conta que para os novos entendimentos e interpretações que se fazem absolutamente necessários, o que entendemos como administração não serve mais. Nunca foi tão importante a frase tradicional: gastando sola de sapato é que se conhece o mundo.

INTERNET E O CONHECIMENTO
Nunca foi tão fácil obter informações. Mas encontrar o conhecimento não é a mesma coisa que incorporar o conhecimento. Mais diferente ainda é reter esse conhecimento como patrimônio de cada um e fazer a sua re-significação.

Todo teste de conhecimento passa pela sua re-significação. Não é pela superficialidade de tanta informação que vamos conseguir o conhecimento profundo que é aquele que move montanhas.

A RAZÃO DAS NOVAS COMPLEXIDADES – O COLAPSO DO DEUS SOL
Durante muitos séculos, as “Entidades Complexas” foram simples. A obediência aos sistemas decorrentes do Deus Sol, estabeleceu os regimes de espera e aceitação na sociedade e as estruturas de liderança em suas diversas complexidades. “Estruturas de Lideranças” foram sempre no passado, sinônimas de “Estruturas de Poder”. Tivemos então um caminho de evolução da complexidade do poder de acordo com a sequencia abaixo:

As figuras acima exprimem o fenômeno liderança,intermediação e capacidade de ação, apoiado em estruturas onde cada vez mais a distância entre poder e os liderados é maior. Como são estruturas hierarquizadas, a distância entre as partes define a eficiência dos sistemas.

Razões do colapso do regime soviético passam por essas considerações. O centralismo burocrático não atendeu às demandas da sociedade mesmo por que quis criar uma nova sociedade e não teve fôlego para isso.







O processo de globalização e as facilidades “Web” transformam as estruturas de relacionamento uma nova figura aparece:

Esta figura mostra que estamos na era em que todos se comunicam. Os mecanismos de comunicação abalam as estruturas de poder. A velocidade dos acontecimentos se acelera.






PERPETUIDADE E QUALIDADE NAS EMPRESAS – O SENHOR DOS TEMPOS
Nobuko Matsuchita elaborou um Raciocínio Estratégico para 250 anos. Já se passaram mais de 75 anos e o pensamento estabelecido continua válido. Na recente convulsão mundial, a empresa que ele criou foi uma das que menos sofreram.






Mais do que isso, ele reflete um pensamento que cada dia fica mais vigoroso. Neste momento dramático em que o mundo precisa transitar das sociedades do consumo e ir cada vez mais para as sociedades da sustentabilidade, empresas e sociedade, entidades até agora distintas, tendem a cada vez mais, buscar o sucesso econômico na integração empresa & sociedade.

Desta integração vem a riqueza e sustentabilidade para percorrer o novo modo de vida
.







SOCIEDADES, EMPRESAS, ENTIDADES COMPLEXAS E MODELOS DE ANÁLISE
Na medida em que sociedade e empresas são “Inter Seres” complexos, nessas interfaces, “Over - Lapings” estão sempre presentes as “Entidades Complexas”.

Questionamentos de valor estratégico e “Modelos de Análise” são então os instrumentos que nos permitem aplicar metodologia analítica nas “Entidades Complexas”.

O fato novo é que esses novos “Modelos de Análise” fazem mais do que isso. Eles são a interface de sistemas de TI que ligam as “Entidades Complexas” com os sistemas de informação pertinente, os grandes números de nossas empresas.

ENTIDADES COMPLEXAS, MODELOS DE ANÁLISE E O “ENTERPRISE BUSINESS
MANAGEMENT SOLUTION” – EBMS - DSS
Depois de muitos anos de trabalho objetivando a capacitação para lidar com Entidades Complexas,conseguimos fazer a seguinte ponte:






Na relação sociedade x empresa, a “Entidade Complexa” assume diferentes figuras. Os exemplos abaixo são muito simples, mas sempre cheios de significado.
1) O CLIENTE
O cliente e o seu universo próximo, graças ao aumento dos produtos nas nossas relações, deixam de ser uma Entidade Simples para ser uma Entidade Complexa. Ele pode ser um só ou pode ser parte de redes de distribuições que tem jogos específicos.

Como fazer então com que todas as informações decorrentes das políticas de produto, de clientes, de canais de venda, investimentos, inovação, dos relacionamentos entre empresa e clientes estejam completamente dominadas e em um único lugar? Visão do fenômeno?

2) O CAPITAL DOS VARIÁVEIS
Em um país como o Brasil em que o montante do capital dos variáveis define a dimensão da empresa, dominar em todo momento o planejamento reverso do fluxo de caixa e as contas de capital e onde eles estão aplicados nos mostra uma Entidade Complexa extremamente importante e que precisa ser dominada por todos
.

Considerando que o montante de capital dos variáveis é sempre função do negócio onde a empresa está, este entendimento de fenômenos externos e sua internalização nas empresas passam a ser fundamentais.

Como fazer então com que todas as informações decorrentes das políticas de uso do capital dos variáveis, nos fornecedores, nos processos, nos estoques, nos clientes, nos impostos, estejam completamente dominadas e em um único lugar? – Visão do fenômeno?

3) CONDIÇÕES LOCAIS EM CADA TERRITÓRIO
Um dos fenômenos mais frequentes. As condições locais não são tratadas como “Entidades Complexas”, os modelos de análise pertinentes não são aplicados e decorre então que as parametrizações utilizadas na empresa não servem mais. Os objetivos não estão corretos. Visão do fenômeno?

4) EXPORTAÇÃO, FEIRAS E ENTIDADES COMPLEXAS
O bom aproveitamento de um mercado de exportação demanda o entendimento das “Entidades Complexas” que existem sim nesses mercados. Na busca dessas entidades complexas podemos montar os nossos modelos de análise e fixar então toda a parametrização para se tirar proveito econômico da “Entidade Complexa”. Visão do fenômeno?

Diferentemente, nossos executivos, sempre apressados buscam nas feiras os pontos de encontropara as soluções dos seus objetivos de exportação.


Depois de mais de 40 anos de viagens, nos habituamos a definir feiras como as entidades onde raposas papam os patos novos.

DSS – DECISION SUPPORT SYSTEMS – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Algumas questões importantes que precisam ser colocadas claramente:
1) Cada vez mais o controle de gestão do futuro fica muito mais importante do que o controle degestão do presente ou do passado.
2) A identificação das “Entidades Complexas” como entidades demandadoras de Modelos de Análise singulares, específicos é mandatória. Funciona.
3
) A análise da Entidade Complexa precisa estar presente. A formação de painéis de análise somente a partir de dados transicionais é a causa de tanta frustração na construção dos DSS. Não funciona,principalmente por que faltam as perguntas relacionadas aos fenômenos presentes nas Entidades Complexas.
4) Saber conectar a informação no fenômeno com as informações disponíveis nos sistemas de TI na empresa é o grande segredo. Fazer isso de modo extremamente simples, fácil, rápido, é algo ainda mais importante que todos precisam dominar.
5) Felizmente já existem Modelos de Análise e sistemas DSS que fazem isso.

2ª PARTE – AS RAZÕES DA RIQUEZA NAS EMPRESAS
Queremos levantar alguns pontos e conceitos que estão colocados em prática desde o ano de 1983. Eles têm sido determinantes dos resultados e continuamente aperfeiçoados.

ORÇAMENTO
1) Qual é o grau de motivação que é gerado entre as equipes na montagem do orçamento?
2) De que forma as equipes utilizam o orçamento continuamente como forma de manter objetivos e buscar mais resultados?
3) Quais as conseqüências que podem ser provocadas quando deslocamos o centro do orçamento de tal forma que as equipes comerciais têm nele o fundamento principal de referência da sua atividade?4) De que forma orçamentos simplificados e criados para simulações contínuas podem ser excelente ferramenta para contínua busca dos objetivos e luta por eles?

A LÓGICA DA RIQUEZA NAS EMPRESAS







OS GRANDES NÚMEROS, PEQUENOS NÚMEROS E ENTIDADES COMPLEXAS
Em um momento em que o desconhecido chega cada vez mais depressa, o desenvolvimento da capacidade de estruturar as “Entidades Complexas” que abrigam os fenômenos das mais diversas naturezas que estão no cenário e afetam a vida da empresa passa a ser fundamental.









A CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO DO CAPITAL COMO COMPLEMENTO DA GESTÃO DE PROCESSOS









EXEMPLOS RECENTES DE RESULTADOS
Os três temas acima foram foco de ação para se conseguir os resultados descritos a seguir. Outros conceitos complementares ajudaram também.

1) Lucro anual de importante empresa metalúrgica salta de 2% para 20% em 18 meses.

Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito dos “Conjuntos Complexos” e suas decorrências foram as diferenças.

2) Lucro de importante empresa produtora de cosméticos salta de – R$1,5 milhões /mês para ponto de equilíbrio em 5 meses e em um ano acumulava lucro de R$5 milhões. Depois cresceu muito mais.Dezenas de milhões de lucro.

Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito dos “Conjuntos Complexos” e suas decorrências fizeram a diferença.

3) Resultado de importante empresa de produtos químicos, apontado no orçamento anual pelo valor de – 12 milhões/ano. Rapidamente se re-equilibra a empresa o volume de vendas triplica o lucro cresce em proporção ainda maior.

Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito dos “Conjuntos Complexos” e suas decorrências fizeram a diferença.

4) Empresa de arquitetura, vinda de resultados apenas razoáveis se torna líder de mercado e campeã no lucro.
Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito dos “Conjuntos Complexos” e suas decorrências fizeram a diferença.

5) Empresa que vivia de contratos com muitos focos de mercado. Reorientação estratégica e grande aumento dos lucros.

Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito dos “Conjuntos Complexos” e suas decorrências fizeram a diferença.

6) Empresa de TI. Faturamento de empresa média. Lutava com grandes prejuízos. Navega hoje ao nível do dobro do faturamento e com resultados muito importantes.
Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito das “Entidades Complexas” e suas decorrências fizeram a diferença.

7) Importante empresa de TI do interior de São Paulo. As declarações são de que mudamos a empresa.O conceito de gestão inversa mudou a percepção da empresa em relação aos contratos.Simplificamos a gestão e envolvemos as equipes apesar do viés cultural presente.

Causa raiz do sucesso: a sincronia estabelecida entre as diversas forças presentes na empresa e recursos empregados. Conceito das “Entidades Complexas” e suas decorrências fizeram a diferença.


Luiz Bersou







3 de agosto de 2010

A FILOSOFIA E AS LEIS DA "INOVAÇÃO"



Charles Darwin no magnífico “A origem das Espécies” nos mostra conhecimentos que podemos aproveitar no discurso da “INOVAÇÃO”.

Tudo o que Darwin mostra como desenvolvimento das espécies, animais ou vegetais, é evolução. Vemos então que evolução é a inovação da natureza. A inovação na natureza é sistêmica e inexorável. Desta inovação vem a sobrevivência e a capacidade para lutar e vencer.


Verificamos que ao longo dos milênios, a natureza desenvolveu mecanismos de inovação altamente eficazes. A observação e estudo desses mecanismos podem melhorar os nossos esforços em inovação. Podemos então fazer correlações com o que acontece na natureza, suas leis e o que acontece nas empresas.

AS LEIAS E OS ELEMENTOS COMUNS NOS PROCESSOS DE EVOLUÇÃO E INOVAÇÃO


MINIMALISMO
A natureza é minimalista. Os povos ditos primitivos eram minimalistas em suas relações com a natureza. Tudo o que era feito ou construído tinha a visão do menor consumo de energia e de equilíbrio com o seu entorno. Não gastar ou consumir mais do que o realmente necessário. A natureza não pratica tarefas inúteis e não gasta energia com o que não contribui para o sucesso do ser vivo. Na natureza não existem empregos falsos.

A busca do conteúdo energético menor tem então uma grande força nos processos de evolução por que em sistemas de energia constante, o menor consumo de energia significa capacidade de ataque maior.

Tema que gostamos de discutir em palestras é a diferença entre a grama e o mato. Imaginemos um campo de golfe lindo, grama perfeita. Deixemos este campo por própria conta. Com o tempo, o mato domina a grama. Por quê? O mato é uma entidade biológica que consome muito pouca energia para se sustentar e por isso tem muita energia para avançar sobre o mundo à sua volta. A grama é uma entidade biológica que consome muita energia para se sustentar e por isso tem pouca energia para avançar sobre os outros. Nesta globalização, onde todos se encontram, nossas empresas são a grama. O Brasil é a grama. Os chineses atualmente são o mato.

MINIMALISMO - A NATUREZA NÃO REAGE, MAS SE VINGA
Estamos no momento atual vivendo a situação pela qual a natureza que sempre absorveu todos os nossos desaforos, nos mostra que passamos dos limites. Precisamos então de uma intensificação da busca do minimalismo nos nossos processos de inovação. Até agora a sociedade viveu do êxito do trabalho focado no consumo. Agora temos que aprender a ganhar dinheiro com a sustentabilidade. A economia da sustentabilidade pagará por isso.

A NATUREZA E A INEXORABILIDADE DA INOVAÇÃO
Dentro do mesmo mapa mental pelo qual analisamos os temas de inovação, nos damos conta de que a inexorabilidade é condição “Sine Qua Non”. É o mecanismo pelo qual se criam seres mais fortes. Entidades mais fortes. Empresas mais fortes. Neste contexto atual de globalização acelerada, quem não inova fica para trás. Quem vai ficando para trás começa a morrer.

A NATUREZA E A DINÂMICA DA INOVAÇÃO
A natureza mostra que a inovação é decorrente de processos de trabalho contínuos, minimalistas e formados de etapas que se sucedem em um crescimento. A pequena inovação gera a inovação um pouco mais importante, esta, outra ainda um pouco mais importante e assim por diante. Buscar o pequeno, de forma sistêmica, cria o caminho para construir o grande. Poderemos então ter a grande inovação, a empresa muito mais competitiva.

AS ANTENAS EXTERNAS E A CAPACIDADE DE RECEBER A INFORMAÇÃO
Na natureza, a interfaces do ser vivo com o ambiente externo são as suas antenas externas (a pele de um animal, por exemplo, as raízes de uma planta) e permitem a captura de informações que são enviadas à entidades internas deste mesmo ser vivo. Elas fazem o papel de centrais de conhecimento, que ordenam, acumulam e estruturam permanentemente este conhecimento. No devido tempo, processamentos para acionamento da transformação.

Como a natureza é sempre mais sábia, percebemos que nela existe o equilíbrio entre a qualidade da coleta e a capacidade de acolher a transformação e, no devido tempo, a transformar em vetor de evolução.

No mundo empresarial, os nossos contatos externos, nossos vendedores, nossas equipes de assistência técnica tem o potencial de coletar informações que são as necessidades dos nossos clientes. Eles são a antena externa do ser vivo que é a empresa. A sensibilidade desenvolvida ou a ser desenvolvida para esta coleta pode nos trazer argumentos preciosos.

Nas empresas que de forma planejada ou mesmo intuitiva criam estas centrais de conhecimento, melhoram o desempenho das antenas externas, pois essas sabem para onde enviar o conhecimento adquirido, existindo condição de diálogo mínimo e a construção da sensibilidade para uma coleta cada vez melhor pode ser trabalhada.

A QUALIDADE DA AÇÃO DA INOVAÇÃO NA NATUREZA E NAS EMPRESAS
Na natureza percebemos que tudo que é colocado como processo de evolução leva a resultados finais. A natureza sabe colocar em prática o que ela cria. Ela não fica pelo meio do caminho.

Aqui empresários têm grandes problemas. A taxa de sucesso de introdução da inovação no mercado costuma ser muito baixa. As últimas estatísticas que vivi, indicavam taxa de sucesso de apenas 10% entre inovação desenvolvida e inovação com sucesso de mercado. Percebemos então que inovação não é somente inovação. Ela é um ciclo de atividades, um ciclo econômico e financeiro.

O CICLO ECONÔMICO DA INOVAÇÃO
Podemos ter inovação em tudo na vida. Processos de trabalho, formas de relacionamento, diminuição de custos e apresentação de novos produtos ao mercado. Vamos discutir aqui inovação como novos produtos. A curva abaixo nos mostra curva de vida e curva de liquidez correspondente de determinado produto.







A tabela acima nos leva então às seguintes reflexões:

1. O equilíbrio econômico de nossas empresas depende muito daqueles produtos que estão em fase de maturidade.
2. O bom estrategista sabe equilibrar os diversos produtos em suas diferentes fases.

De certa forma, todos querem o que é representado no gráfico abaixo, conseqüência de boas estratégias em inovação sistêmica de produtos.

Aquele que tem experiência em planejamento da inovação não permite que ocorra a curva abaixo, na qual houve retardamento do ciclo de inovação.

A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO COLETADA PELAS ANTENAS EXTERNAS – O CONCEITO DE IMERSÃO PROFUNDA
Na natureza, a qualidade da coleta da informação é sempre produto de evolução das necessidades do ser vivo em suas interfaces com o ambiente externo. A captura dessa necessidade é longa, mas a natureza não tem pressa. Na empresa, onde a velocidade das transformações conta, a transferência do conhecimento em relação às necessidades de nossos clientes ou de outras mutações que estão ocorrendo nos cenários nem sempre é evidente e sempre fica abaixo do necessário.

A ruptura desse modelo é feita pelo conceito da imersão profunda no cliente. A empresa 3M é um excelente exemplo. Como sempre entrega qualidade, a imagem de qualidade abre portas em seus clientes para processos permanentes de discussão do desempenho dos produtos 3M. O sucesso promove o sucesso em escala crescente porque a missão do vendedor é vender, mas também discutir como o cliente faz uso dos seus produtos. Trabalhei com uma empresa de Grenoble na França, com uma grande capacidade de geração de novas patentes. Trata-se de uma empresa sofisticada, nascida do projeto nuclear francês. O seu presidente dizia sempre: as nossas patentes nos foram dadas pelos nossos clientes.

PREPARAÇÃO DA EMPRESA PARA INOVAÇÃO DE ALTO VALOR ESTRATÉGICO
Tema extremamente interessante e muito importante. Pesando os elementos que compõem a metodologia do Jogo Estratégico da empresa, temos os seguintes elementos.

Jogo Estratégico = Gestão do Conhecimento  Plantar & Colher  Motor da Inovação  Escalada Estratégica  Inovação Estratégica  Capital & Poder.

Desenvolveremos esta parte em outros artigos.

13 de julho de 2010

Gestão de custos na Saúde? – Qual Saúde?

Prezados,

Estamos desenvolvendo no Centro do Conhecimento do Conselho de Administração de São Paulo um trabalho extremamente instigante. O Brasil gasta por ano cerca de 140 bilhões de dólares em Saúde. Cerca de 70% deste custo está ligado às doenças crônicas e degenerativas. Os custos com esta classe de doenças crescem mais do que o PIB em praticamente todos os países do mundo. Trata-se de uma maré vermelha que vem vindo, vem vindo e algo terá que ser feito.

Segundo as estatísticas da OMS e do IBGE, a população brasileira afetada por diabetes, hipertensão, câncer, sobre peso mórbido e várias outras doenças crônicas e degenerativas representa cerca de 38 milhões de cidadãos. A conta anual é de cerca de 90 bilhões de dólares.

Uma das conseqüências extremamente negativas está na qualidade de vida. Tratamentos caros, baixa produtividade no trabalho que afeta a vida econômica de qualquer cidadão. Morte durante a vida econômica do cidadão mais ainda. Estes fatos geram um ciclo vicioso que agrava as principais estatísticas.

Esta questão da qualidade de vida passa também pelo custo extremamente elevado das Unidades de Terapia Intensiva, onde infelizmente tantos acabam. Morte cruel e cara desestabilizando as economias de tantas famílias. Como as estatísticas dizem que 10 milhões de cidadãos vão morrer de forma precoce dessas doenças nos próximos 10 anos, verifica-se que as contas não fecham. Vai faltar dinheiro!

O foco dos profissionais da saúde tem sido sempre a questão dos tratamentos para prolongar a vida com qualidade e dignidade. Tradição que vem de Hipócrates e é ponto de honra de todos os sistemas médicos. Trabalhar a cura, estudar a cura de todos os males.

Por outro lado, há uma pergunta muito simples que já foi respondida: o que é mais eficaz, tratar doenças ou impedir que elas aconteçam?

No caso das doenças crônicas e degenerativas, sabemos que as “causas raiz” estão na questão da genética que pode predispor à doença, mas o representativo em termos de “causa raiz”, passa pela alimentação incorreta e mal qualificada, maus hábitos alimentares, fumo, bebida, drogas, depressão e falta de condicionamento físico.

Por outro lado, temos hoje uma estimativa pela qual se pode alcançar redução de 2,5 bilhões de dólares para cada 2% de queda nas doenças crônicas e degenerativas. Esta relação merece todo o nosso respeito e atenção. Para fazer isso, precisamos acrescentar e enfatizar no rol dos recursos médicos, novos conhecimentos e em particular a Nutrologia que nos ajuda a entender melhor os alimentos do ponto de vista alimentação do corpo e da prevenção dessas doenças.

O conhecimento para prevenir doenças a partir da alimentação já é muito significativo. Na verdade ele existe há milhões de anos. Em tese seria muito fácil enfrentar este desafio. Não é fácil, é muito difícil. Há um problema muito sério de comunicação e cultura de nossa sociedade.

Como solução para vencer este desafio, estamos trabalhando pelo “Centro do Conhecimento” no desenvolvimento de um plano de trabalho em que a sua 1ª (primeira fase) busca formar uma base de quatro pés. Comunicação com a sociedade (1), busca de fornecedores de alimentos com qualidade dentro dos padrões da Nutrologia (2), preparação correta dos alimentos e sua ingestão (3) e monitoramento estatístico (4). Outras fases tratam da redução de custos nos tratamentos médicos.

A estratégia na comunicação está em buscar contatos com redes de relacionamento em que lideranças interessadas na saúde estejam presentes e com o projeto. Escolas, em particular aquelas de educação infantil, entidades de ensino de todos os tipos, empresas, governos, forças armadas são entidades em que a comunicação pode produzir efeitos que se multipliquem.

Está sendo surpreendente o interesse de fornecedores de alimento industrializados. Regras claras, regras que valem para todos, rigorosos padrões de qualidade dentro daquilo que é exigido pela Nutrologia interessam às empresas e aos bons empresários, aqueles que sabem da contribuição de cidadão que a sociedade nos pede.

A preparação correta dos alimentos, orientação, dosagem e sua ingestão afetam muito a nossa cultura que leva às doenças em questão. Tema importante que fará parte do processo de comunicação.

O monitoramento estatístico é fundamental. Vivemos uma sociedade em que a exaltação das complexidades gera a satisfação intelectual de muitos. Temos um elevado número de ações pontuais e episódicas, sem que se atinja o núcleo das soluções simples. A nossa proposta que passa pelo Centro do Conhecimento é focar no que diminui o aparecimento dessas doenças. Conter a maré vermelhar. Solução trabalhosa, mas tecnicamente muito mais simples. O monitoramento estatístico passa a ser fundamental por que nesse mundo de políticas e políticas, números tem mais significado. Precisam ser respeitados e base para ações eficazes. Números são números. Saberemos do que estamos falando, dos resultados e do que falta alcançar.

Nesse momento estamos dando formato ao projeto. Como já dito, é grande o número de produtores de alimentos industrializados que se preocupam com a questão. Muita coisa é possível. Muito progresso pode acontecer. Se você tem interesse nesse campo de negócios, entre em contato. O projeto é muito desafiador, é muito importante e requer a participação de todos, empresários e governos. Políticas de incentivo fiscal serão necessárias. Muito trabalho.


Luiz Bersou

11 de junho de 2010




Desafios das Organizações no Século XXI:
O Papel Estratégico da Inovação
O Case Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD)


Objetivo
Lançamento Oficial do Grupo de Excelência em Administração de Pessoas e apresentação de suas propostas gerais como, realizar estudos e pesquisas voltados para o desenvolvimento qualitativo dos Administradores, difundir conceitos e boas práticas de administração e criar publicações para a difusão de conhecimentos e experiências.
A palestra ilustrará o caso do CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações. Criado há mais de 30 anos e atuando na área das Tecnologias de Informação e Comunicação, o CPqD tem atravessado as mudanças de cenário externo e ajustado seu posicionamento estratégico tendo a inovação como força motriz e o benefício dos clientes e da sociedade como foco.

Palestrante

Hélio Marcos Machado Graciosa
Presidente do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e do CPqD Technologies & Systems Inc.

Presidente do Conselho Consultivo e membro do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Telecomunicações – TELEBRASIL.

Presidente do Conselho Deliberativo do SISTEL.

Ex Presidente da Sociedade Brasileira de Telecomunicações (SBrT), onde atualmente é Sócio Emérito.


Data:
17 de Junho de 2010 – Quinta-Feira 18h50 às 20h30.
Local:
Auditório 2 do Conselho Regional de Administração de São Paulo - Rua Estados Unidos, 865/889 Jardim América – São Paulo - SP
Vagas Limitadas! Confirme a sua presença !
Fone: (11) 3087-3200 ou pelo e-mail eventos.participe@crasp.gov.br - Departamento de Relações Externas

* Certificados poderão ser emitidos mediante solicitação após a participação no evento.
** Estudantes poderão apresentar o certificado nas Instituições de Ensino a fim de pleitear créditos para atividades complementares.


Realização


CRA GEAPE

Apoio

GEEI GEEP

8 de junho de 2010

A FORMAÇÃO DO HOMEM

A questão da qualidade da nossa sociedade e sua capacidade de construir o futuro que queremos está cada vez mais merecendo atenção e preocupação de todos. Existem aqueles que acham que tudo vai dar certo e aqueles que são mais conservadores e mostram preocupações por várias razões. Diante desta divergência cabe a pergunta: Estamos construindo as bases para o futuro que queremos? Que bases são estas?

Na Grécia antiga, a educação como forma de construir o homem virtuoso era o centro das preocupações da sociedade. O tema “Paidéia” (Werner Jaeger), conjunto de conceitos ligados á civilização, cultura, tradição, literatura e educação tinha foco na formação de um elevado tipo de Homem. O Homem Virtuoso. Segundo Heródoto, a idéia da educação representava todo o sentido do esforço humano.


Segundo os Gregos, a educação não é um esforço individual. A tarefa da Educação pertence por essência á comunidade, é dever de todos, obrigação de todos, pois ela é o resultado da consciência viva que rege a sociedade virtuosa. A sociedade virtuosa é aquela que gera os verdadeiros homens, o ser completo. O caminho da perfeição era e é o caminho da educação. O caminho da perfeição era o da vida em sociedade, vida em comunidade, em família, nestes tempos atuais, vida em equipe. Vida virtuosa.

O relato histórico nos conta que os Espartanos foram grandes guerreiros. Sutiliza: a unidade mínima do exercito espartano não era o soldado. Era uma dupla de soldados. Ataque e defesa. Equipe.

Da virtude vem o espírito que era designado como a região da verdade e belezas eternas. Foi nesta atmosfera que os gregos nos deixaram o seu legado, tão acima das nossas atuais percepções do que deve ser a vida em sociedade.

Deste legado nos chegam acervos que nos surpreendem: a visão do “legislador – educador”, questão impensável no momento atual de nossa sociedade, a visão “educação – honra”, deixada nos textos de Homero, Platão e Aristóteles, a visão “trabalho – honra” deixada nos textos de Hesíodo, “medicina – honra” deixada por Hipócrates e a bravura guerreira expressa nos termos de “astúcia – prudência”.

Deste passado nos vem a expressão “Talòs”, estar com os deuses. Era a preocupação dos mestres que seus alunos vivessem com os deuses. De “Talòs” nos vieram as expressões “talento” e “vocação”. Talento e vocação na relação “trabalho – honra”, mas também talento e vocação na relação “homem – virtude – grupo – sociedade - equipe”.

Tudo isso é passado.

No âmbito da visão moderna, em especial no Brasil, veio a dissolução e destruição das fundações da sociedade virtuosa. Veio então a debilidade, a falta de segurança e até a impossibilidade de qualquer ação educativa.

De um momento histórico em que o centro das preocupações da sociedade era a educação, vivemos a nossa realidade do dia a dia, onde educação não é prioridade e pior do que isso, a busca da construção do Homem Virtuoso pela educação nem é entendida como algo necessário e bom para qualquer sociedade. Nem é entendido também que na construção do Homem Virtuoso, a educação representa todo o sentido do esforço humano. Deveria ser este o nosso grande legado.

Sociedades focadas no sucesso econômico não se consolidam na ausência dos fundamentos da educação como foco estratégico. Sociedades focadas na educação, na gestão do conhecimento, criam os fundamentos estratégicos que lhes permitem aspirar ao sucesso econômico. O Brasil não aprendeu ainda esta lição.

Registro histórico interessante: consta que o sucesso econômico dos países anglo-saxônicos se deveria ao fato de que a questão do lucro era algo bem vindo pelas igrejas reformistas, o que não acontece com as igrejas ligadas ao catolicismo.

Registros mais recentes nos indicam que uma das bases do sucesso econômico esteve no fato que a indução da leitura da Bíblia levou os crentes reformistas ao poder do conhecimento e sua disseminação. Aprender a ler com a Bíblia gerou o sucesso econômico, não somente a visão de que lucro é bom. Educação gerou sucesso econômico.

Raramente conhecimento gera resultados. Conhecimento estruturado e sistematizado pode gerar resultados. Como paliativo à falta do conhecimento, falta de recursos humanos válidos que possam atender ás necessidades das empresas, aceleramos treinamentos de ordem técnica como questão necessária para a busca do sucesso econômico. Treinamentos de ordem técnica não são suficientes para estruturar e sistematizar conhecimento.

A pergunta que fazemos, recordando a expressão “Talòs”, é: Esses técnicos estarão com os deuses? Ou serão apenas arremedos dos homens virtuosos, os quais tanta falta fazem à nossa sociedade. Haverá realmente sucesso econômico? Os homens que comprarão os nossos produtos serão virtuosos ou apenas pequenos zumbis? Como a construção do homem virtuoso se propagará dentro de nossa sociedade?

Em vez de criarmos tecidos sociais convergentes que estruturam sociedades e sucesso econômico, estamos criando colchas de retalhos que não são convergentes e não estruturam sociedades. Voltando ao primeiro parágrafo, concluímos que não estamos construindo as bases para o futuro que queremos.

O que precisamos fazer em termos de educação o povo grego já fez. Não devemos ter vergonha de recriar a roda. Pena que estejamos perdendo tanto tempo. Acho que todos aqueles que lutam pela educação deveriam ler Paidéia. E mudar tudo!



Luiz Bersou

11 de maio de 2010

Soluções para os desgastes tradicionais nas implantações de sistemas ERP

Tema recorrente na administração de empresas é a questão da implantação de sistemas ERP, as grandes promessas de gestão moderna e eficaz e domínio dos números tão necessários, que tão raramente são cumpridas.

Cronogramas prometidos para meses viram anos, custos que se multiplicam, paralisações nas operações transacionais nas empresas por problemas de lógica nos números, inconsistências em relatórios são frases muito mais frequentes do que a frase tão desejada – tudo deu certo. Complicado, não costuma dar muito certo!

Como observadores frequentes deste tipo de situação, encontramos sistematicamente causas raiz muito parecidas. A primeira delas é a de que muitos gestores ainda entendem que gestão de empresas é feita por controle de centros de custos, desvios de orçamentos e relatórios. Esta visão é parcialmente correta apenas no conjunto das transações operacionais.

Por outro lado, os fenômenos que acontecem na vida da empresa carregam um crescente grau de complexidade que requerem sua interpretação específica. Estamos aqui nos verdadeiros fundamentos da gestão. Qual é exatamente o modelo de negócio que precisa ser referência para a “maquete da empresa” que é referência na gestão? Qual é exatamente o modelo de análise que conecta o conjunto dos pequenos números com os fenômenos que precisam ser interpretados? Quais são os fenômenos mais frequentes que precisam de interpretações mais agudas?

Percebemos então que ocorre com muita freqüência a situação pela qual o contratante não tem claramente estabelecido o que precisa ter como alimentação do seu modelo de análise, por que não investiu nesta questão. Decorre então que se modelo não foi pensado, o contratado sempre acha que a sua ferramenta resolve todos os problemas do contratante. Não resolve!

Nestes casos o contratante fica sem modelo de análise por que não pediu. O fornecedor não tem como fornecer o que não foi solicitado a não ser pelos relatórios tradicionais e esta falta é sempre compensada tentativamente por pilhas de relatórios em Excel. Trata-se de excelente ferramenta para as aplicações corretas, não servem nestes casos em que se requerem maior rigor e consistência de análises e sempre poluem a gestão das empresas. Não solucionam o principal que é a interpretação dos fenômenos. Este é o nosso encontro do dia a dia.

Temos convivido com situações em que sistemas ERP precisam ser reimplantados, sistemas transacionais críticos como fluxo de caixa não funcionam e situações em que simples carga automática de dados e transações com bancos se atrasam por anos. Esta situação é muitas vezes aceita pelo contratante como se isso fosse normal.

Estamos vivendo uma solução interessante para muitos desses problemas. Primeiro, iniciar a questão de aquisição de sistemas de ERP pelos modelos de análise e identificação de fenômenos que precisam ser mais bem interpretados já é começar bem. Define muita coisa. Tipicamente um dos fenômenos mais importantes na gestão das empresas é o domínio das flutuações na estrutura do capital de giro operacional dos variáveis no dia a dia das transações operacionais. Poder planejar a utilização deste recurso é fator fundamental de gestão.

Temos percebido um fato interessante e muito importante. Quando fazemos o monitoramento em tempo real das contas do capital de giro dos variáveis, automaticamente evidenciamos a maior parte das incongruências de números que estão nas operações transacionais e que não são percebidas nem pelos sistemas de ERP e nem pelas análises dos gestores. Na prática o sistema de monitoramento de capital é um poderoso filtro de incongruências, ajuda a localizar as mesmas e apressa a resposta correta dos sistemas ERP. É uma interessante e grande vitória.

Outro grande fenômeno que afeta a vida das empresas é o cliente. Transações complexas, muitos produtos diferentes, custos comerciais elevados, muita chamada de capital de giro dos variáveis pelas concessões comerciais, requerem a correta e precisa identificação do resultado econômico e financeiro que o cliente nos proporciona. Temos aqui o conceito de que resultado no cliente é mais importante do que o resultado no produto.

Aqui também quando monitoramos em tempo real o resultado no cliente, percebemos que a ferramenta de TI é um poderoso filtro de incongruências proporcionadas por descontos não claramente estabelecidos, verbas promocionais não claramente monitoradas e sem relação de causa e efeito em termos de resultados comerciais, devoluções e bonificações que geram transações imperfeitas nos sistemas ERP e assim por diante. Trata-se de outra interessante e importante vitória.

Percebemos então que monitorar em tempo real os fenômenos presentes nas contas dos recursos aplicados como capital de giro operacional dos variáveis e os fenômenos que acontecem nas transações no cliente já é um importante processo de higiene das estruturas dos números que dá consistência e previsibilidade na implantação de sistemas de ERP. Menos sustos e menos decepções. Mais possibilidade de se dizer: tudo deu certo.

Complementarmente, a insistência e aprofundamento nos modelos de análise dos negócios e a evolução tecnológica que permitiu a criação de sistemas de TI que dominam os fenômenos apresentados acima é um fato extremamente importante, particularmente para as empresas que lutam com escassez de recursos de capital de giro operacional dos variáveis. Sutileza importante, o monitoramento dos recursos em tempo real mede a sincronia entre os diversos planejamentos operacionais com os quais a empresa é obrigada a conviver. O lucro aumenta.

Se você está com problemas neste tema, está convidado para reunião no Centro do Conhecimento do Conselho de Administração de São Paulo, que vai acontecer dia 19/05/2010, 9 horas onde será explicado como estes filtros estão funcionando. Os resultados são sempre muito interessantes. Está feito o convite.

Para a reunião no Centro do Conhecimento por gentileza confirmar presença com Daniele Werner no e-mail daniele.werner@bcaconsultoria.com.br

Luiz Bersou