6 de maio de 2009

DE QUE CONTROLE DE GESTÃO PRECISAMOS?

Estamos vivendo um momento em que se discute com muita frequencia o que é o Controle de Gestão nas empresas e como ele deveria ser. O tema é sempre importante, mas mais importante em épocas de crise como aquela que estamos vivendo neste momento.

Analisando a questão com diversos empresários, percebemos questões importantes que estão faltanto na conceituação do que é ou deveria ser Controle de Gestão. Vamos ver alguns pontos interessantes.

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“Planejamento x Controle de Gestão” e “Controle de Gestão x Planejamento”

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Um não pode existir sem o outro. Planejamento e controle são duas entidades siamesas que não podem e não devem se separar. Entretanto o que encontramos nas empresas são estruturas de controle de gestão sem a contra partida verdadeira de planejamento. Complicado. Muito complicado. Não deveria ser assim.

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“Controle de Gestão do passado, do presente ou do futuro?”

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Em praticamente 100% das empresas que visitamos, o controle de gestão está voltado para o passado. É necessário? É sim, mas qual é realmente a importancia da visão do passado?

Na nossa percepção a principal atividade do controle de gestão é trabalhar na antecipação do que vai acontecer com as contas da empresa no futuro próximo e a médio prazo.

O que mais se precisa fazer no dia a dia das empresas é tomar providencias para que o futuro aconteça como queremos ou precisamos. Não basta ter o fluxo de caixa projetado no futuro. É preciso muito mais.

Portanto, é mais importante que o Controle de Gestão faça o controle do futuro do que do passado! Como isso pode ser feito?

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“A Ferramenta Orçamento Rolante”

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A peça orçamentária costuma ser uma ferramenta de gestão extremamente pesada, de acesso restrito, de atualização onerosa e de simulação geralmente muito lenta e pesada. Precisa ser assim? Não!

No mundo de hoje, o que mais precisamos é de peças orçamentárias que sejam de simulação extremamente fácil, trabalhem com números de real significado, de significado estratégico e que possam ser atualizadas mensalmente.

Vivi um caso interessante em que o cliente, por conta de um programa pesado de lançamento de novos produtos, pecebeu em setembro de 2006 que em maio de 2007 teria dificuldades importantes com a sua estrutura de capital de giro operacional.

Eles perceberam o problema por que estavam simulando com a frequencia necessária o orçamento no futuro. Providencias foram tomadas imediatamente, em setembro de 2006 e maio de 2007 tudo aconteceu da melhor forma. Gestão pró ativa, antecipando problemas e resolvendo antes que eles aconteçam. Isto é gestão!! Como simplificar o orçamento e o tornar mais importante ainda?


“A Gestão dos Pequenos Números e a Gestão dos Grandes Números ou Gestão dos Números com Significado”

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O que é na verdade um orçamento? Uma sopa com uma montanha de pequenos números com os quais lutamos para extrair deles algum significado e uma lógica! O que mais se caracteriza na análise dos números de uma empresa? A falta de modelos de análise que extraiam significado dos números, e os tranformem em Grandes Números, números com significado.

Quando analisamos esta questão verificamos que os números com significado de que precisamos são muito poucos. Para te-los basta planejar antecipadamente e construir as sinteses necessárias.

Quando começamos há mais de 10 anos a propor o conceito de orçamento rolante para os clientes, dentro da visão da gestão dos grandes números, levávamos em média 16 horas para reprojetar o orçamento. Hoje em dia o processo está muito mais amadurecido e com a participação das pessoas chaves, em particular do comercial, levamos em média 4 horas. São 4 horas de trabalho em 20 dias úteis que tem muito valor, pois permite sim a gestão com antecipação dos problemas.

Tentem que vale a pena. Os resultados são excelentes e passa a ocorrer uma grande convergencia das equipes que veem no orçamento uma ferramenta para se utilizar realmente.


Luiz Bersou


Um comentário:

Anônimo disse...

Mestre Bersou,

Como ja haviamos falado as ferramentas estão disponiveis hoje a um preço que não seja necessário "sangrar" nenhuma empresa com gastos gigantescos de TI.
Gostaria de me realinhar com a BCA e retomar o assunto.
Um grande abraço e parabéns mais uma vez pelo artigo.

Oswaldo Britto
HP country PM
Prof MBA FIAP CRM e BI