Prezados,
A Criança, o Natal e a construção do futuro
Natal.
Um pinheirinho. Uma velinha. Está acesa. Logo, mais velinhas estão acesas. O pinheirinho se ilumina. As velas tremulam e desta forma o pinheirinho parece que tremula também. A sala toda resplandece com a luz suave das velinhas. Ela fica aconchegante, convidativa, acariciante.
As pessoas começam a chegar e se abraçam, cumprimentam. Estão vivendo um dia diferente. Dão risadas, estão alegres, festejam. Amor e carinho estão presentes.
Criança
A criança assiste do lado de fora a cena do encontro do Natal. Volta para casa. Um lugar escuro. Chega e acaricia uma plantinha. Não tem velinha. Nada está aceso para festejar. Não há sala para resplandecer com a luz suave das velinhas. Nada é aconchegante, convidativo, acariciante.
A criança olha em volta. Todos se olham indiferentes, resignados, pois aquele é apenas mais um dia. Nada é diferente. A criança murmura: por que não tem pinheirinho com velinha? Ninguém responde, pois não há o que responder.
Uma lágrima escorre no rosto da criança. A lágrima brilha.
A construção do Futuro
Um passante passa e percebe aquele brilho. Mais lagrimas escorrem. Ele se aproxima e ajoelha. Abraça a criança. Acaricia seu rosto, enxuga as lágrimas, passa a mão nos cabelos. Então tudo fica diferente. As pessoas sorriem. Elas se aproximam e se abraçam. As lágrimas brilhantes foram trocadas por carinho, uma palavra, um afagar do coração.
O passante se levanta. Não fez nada e ao mesmo tempo fez tudo. Um lugar escuro e triste se iluminou. O passante segue o seu caminho. Ele está leve. Milagrosamente o brilho das lágrimas ilumina o seu caminho. Ilumina também o cominho de todos aqueles que ele ajudou.
Por causa daquele gesto, para muitas outras crianças, o brilho da lágrima foi substituído pelo brilho do olhar, da esperança e da confiança.
Que neste ano de 2011 a experiência do passante seja vivida por todos nós a cada dia.
Um abraço,
Luiz Bersou
15 de dezembro de 2010
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