18 de dezembro de 2009
A Virtude e o Natal
Neste momento em que todos erguemos nosso pensamento para o momento mágico do Natal cabem algumas reflexões.
Ao longo da história da humanidade os bons momentos sempre foram construídos a partir do ensinamento do não errar e da exaltação da virtude.
Ao longo da história da humanidade sempre coube aos pais da pátria, os governantes, governar pelo exemplo do que é ético, correto e bom.
Este exemplo da história da humanidade infelizmente não ocorre no Brasil. Se os governantes não dão exemplo que a história ensinou, cabe então à sociedade esse exemplo tão importante.
Este exemplo será dado então pela clara manifestação de cada um de nós do que é prática correta e virtuosa. Pela manifestação clara do que queremos.
Desta forma, em vez de estar apenas desejando Feliz Natal, estaremos construindo natais felizes para sempre.
Feliz Natal.
Luiz Bersou
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15 de dezembro de 2009
Progresso nas empresas – planejamento como fator chave de êxito
Tenho a impressão que o tema “Planejamento” é um daqueles que mais geram frustrações nas pessoas que querem fazer dele uma ferramenta eficaz. Os planejamentos não acontecem como o desejado e ocorre sempre uma visão do impossível para esfriar os esforços. Indo mais no fundo na questão, dou-me conta de que existem razões e razões para que os planejamentos não aconteçam, mas muitas vezes falamos das razões incorretas.
Uma primeira pergunta: Quantos planejamentos existem? Quantas categorias de planejamentos? Quais são os campos de trabalho nas empresas em que são necessárias técnicas de planejamento? Esta pergunta é importante, pois nos mostra que não podemos tratar a questão planejamento como uma questão genérica ou como sendo uma questão de um só tipo de planejamento. São diversos os objetivos e técnicas de planejamento.
Campos de Planejamento: É importante então estabelecer que em toda empresa existe três importantes campos onde se aplicam técnicas de planejamento com objetivos diferentes.
O campo do planejamento onde estão os 5 Jogos Fundamentais da Empresa, a saber, Jogo Estratégico, Jogo de Mercado, Jogo Operacional, Jogo da Cultura e da Construção da Confiança na empresa e o Jogo do Capital. Temos aqui 5 jogos, 5 planejamentos e a construção de uma sincronia que é a sincronia da inteligência da empresa e sua utilização como orientação de visão, teoria de empresa, formação de objetivos e forma de atacá-los. Temos aqui um tipo de planejamento, um tipo de objetivos, um tipo de execução e um tipo de cobrança.
O campo do planejamento onde estão os 7 Planejamentos Básicos e Operacionais da Empresa, a saber, Planejamento e Execução Comercial, idem Produção, idem Compras, idem formação de Estoques, idem introdução de Novos Produtos, idem Logística de entrega e idem o planejamento e execução financeira para atender aos 7 planejamentos. Quando a empresa não é indústria e comercio, passa a ter entre 4 e 5 planejamentos, mas sempre os tem.
Temos então de 4 a 7 planejamentos, 4 a 7 tarefas de execução dos planejamentos e uma sincronia. Desta sincronia nasce o ritmo, a cadência e a utilização mais adequada dos recursos da empresa em termos de capital de giro dos variáveis. Com mais sincronia e menor emprego de recursos no capital de giro dos variáveis, a empresa consegue crescer com menor investimento nesta questão tão importante. Temos aqui um segundo tipo de planejamento e tipo de objetivo, um tipo de execução e um tipo de cobrança.
O campo do planejamento onde estão os 10 Motores da Empresa, a saber:
Os 4 Motores Operacionais que correspondem ao Jogo Estratégico, Motores da Inteligência de Negócios, do Plantar & Colher, da Inovação e da Escalada Estratégica.
O Motor Operacional que corresponde ao Jogo de Mercado que é o Motor Comercial, com todos os temas de vendas, marketing e promoção quando cabível.
Os 3 Motores Operacionais que correspondem ao Jogo Operacional, os Motores da Informação, da Produção e da Logística.
O Motor Operacional que corresponde ao Jogo da Cultura e da construção da confiança que é o Motor Humano.
O Motor Operacional que corresponde ao Jogo do Capital que é o Motor do Capital.
Estes 10 motores requerem objetivos e planejamento específico para cada um deles. Um tipo de planejamento, um tipo de objetivo, um tipo de execução e um tipo de monitoramento.
Quando expomos estes três campos de planejamento as pessoas se espantam e a primeira reação é: não dou conta de tanto planejamento.
Acontece que com ou sem planejamento, a empresa já vive de forma inexorável os 5 Jogos Estratégicos, os 7 Planejamentos Operacionais e os 10 Motores Operacionais. Eles existem por que a empresa existe. Tudo isso já está na empresa e a visão clara de todos eles nos permite saber lidar com eles. É uma questão de tempo e de aprendizado.
A Teoria da Seqüência & Conseqüência
Existe um texto de Luciano Pires (email.mkt@lucianopires.com.br) onde ele cita outros autores com a discussão de que nos dedicamos a gerir nas empresas, e isso absorve toda a nossa energia, as conseqüências do que não planejamos. Em muitos casos fazemos somente isso. Temos então a gestão pelas conseqüências do que não foi planejado!
Por outro lado, quando construímos os planejamentos necessários, construímos o futuro da empresa pela seqüência correta de pensamentos, orientações, ações e monitoramentos. Construímos o futuro em regime de baixa energia. Mais lucidez, mais cadência, menos erros. Vamos então para as palavras profundas de Manoel de Forn y Foxà, grande estrategista espanhol. Planejar é fazer hoje, aqui e agora o necessário para que o futuro aconteça como queremos. Temos então gestão pelas seqüências e não pelas conseqüências.
Planejamento e Imersão Profunda no Planejamento
Esta é outra questão importante e que sempre foi fundamento de êxito dos japoneses. Planejar não é um ato administrativo, burocrático. Planejamento requer imersão profunda de todos os envolvidos em cada etapa do que vai ser feito. Requer um esforço importante de antecipação de problemas. Requer uma sincronia mental profunda entre todos os envolvidos.
Planejamento é um fenômeno humano, não é simplesmente uma prática de técnicas de planejamento. Nós brasileiros temos que aprender a fazer imersão profunda nos planejamentos. Recentemente em uma palestra sobre gestão de contratos, fiz referência ao que foi o planejamento das Olimpíadas e reforma de Barcelona (Manoel de Forn y Foxà) e o que foram os Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro. O êxito retumbante e o fracasso envergonhado. As razões estão aí.
Planejem mais que é bom. Dá certo.
Luiz Bersou